sábado, 17 de dezembro de 2011

O campo dentro da cidade

Nos férteis e verdejantes terrenos da Veiga de Creixomil, paredes meias com o Multiusos, bem no coração da cidade, foi inaugurada hoje de manhã a segunda fase da Horta Pedagógica e Social de Guimarães, que passará a ter mais 287 talhões para cultivo e outros tantos utentes.
Com esta nova intervenção, a Horta passa a dispor um total de seis hectares de terreno agrícola disponível, permitindo que 520 vimaranenses possam regressar ao campo, proporcionando a cada um deles momentos de verdadeiro deleite.
Este é um exemplo de uma forma de estar e de fazer política que deixa lastro. Senti hoje, como sinto em cada oportunidade de visita ao local, a alegria incontida de todos quantos foram bafejados com um pequeno quinhão de terra, num quadro de convivência perfeita entre o homem e natureza, conferindo beleza maior a esta extraordinária paisagem de bem-estar social e ambiental.
Ali, de entre os mais de 500 utentes, não há profissão, raça, credo ou distinção. Todos são aprendizes do cultivo da terra, onde a entre-ajuda e a camaradagem marcam a narrativa do espaço; é um espaço de pura convivialidade, de relações sociais, de lazer e de prazer. Para muitos, e verdade seja dita, é também um espaço de necessidade, onde se semeia o alimento que ajuda a compor o orçamento familiar. E não há mal nenhum nisso.
O pioneirismo de Guimarães a este nível já tem seguidores, mas confesso-vos que não há espaço mais bonito do que aquele; porque ninguém consegue, como nós, ter o campo dentro da cidade, numa paleta de cores e de enquadramento paisagístico que (ainda) tornam mais bela a cidade de Guimarães.

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