terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O esplendor do Centro Histórico

Para quem, como eu, nasceu no Centro Histórico de Guimarães, onde passei a minha meninice e juventude, não é fácil que ele me surpreenda.
Conheço-o de cor, nos seus cantos e recantos, porque foi refúgio e esconderijo para as minhas brincadeiras de criança, foi sala de estudo e de aprendizagem da vida na minha adolescência e foi (é) local de culto desde sempre.
De um local que a cidade escondia, pela marginalidade que grassava, passou célere (o que são vinte anos!) para postal ilustrado da cidade, aí se conformando, pela mestria dos arquitectos e decisores políticos, a construção de um espaço que deixou de ser apenas nosso e hoje é património de todo o mundo. O meu Centro Histórico agora é de todos. E ainda bem. Porque sendo de todos, e onde todos participam, de vez em quando surpreende-nos.
Como é hoje o caso, por força de uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal e da Fundação Cidade de Guimarães, que utilizam a tecnologia do video maping para projecção na fachada dos antigos Paços do Concelho de um conjunto de imagens que transformam completamente a leitura do Largo da Oliveira.
O efeito é lindíssimo, apetece não sair dali, mesmo com o frio a aconselhar o contrário. Não deixem de passar por lá, e façam-no antes do final do mês, altura em que esta performance será desactivada, não sem que antes, na noite de passagem de ano, outras surpresas estejam reservadas.

Sem comentários:

Enviar um comentário