Todos os anos prometo que não vou exagerar nas iguarias do Natal...
E todos os anos fico danado por não o conseguir. Confesso-vos que (mais uma vez) exagerei um pouco. Talvez mesmo muito.
Nos últimos anos, porém, encontrei a penitência adequada para este pecado da gula. Nos dias que se seguem ao Natal vou correr ou caminhar para um dos nossos parques urbanos. Para o que conhecemos como Parque da Cidade, mas também para o da Cidade Desportiva, junto à Pista e ao Complexo de Piscinas, como aconteceu hoje ao final da tarde.
E enquanto corro ou caminho apercebo-me que cada vez são mais, muitos mais, os que, como eu, encontram nesses parques o local ideal para cuidar de si próprios, mantendo a forma física, aumentado o bem-estar, (re)ganhando saúde ou a condição física que a marcha do tempo se encarrega de nos subtrair.
Guimarães tem seis excelentes parques de lazer. Adicionando aos dois referidos, ainda temos o do Rio Selho (entre Pevidém e S. Cristóvão), um no Parque das Taipas e dois em Ponte, sendo que estes três últimos formam um continuum delicioso, nas margens do Rio Ave, com uma paisagem bucólica, lindíssima.
E todos eles oferecem excelentes condições para uma caminhada, para um passeio, para uma corrida, para descansar um pouco, para o exercício físico, para brincar com os miúdos, para andar de bicicleta, para jogar uma futebolada. Alguns já estão mesmo apetrechados com máquinas de fitness, circuitos de manutenção, campos de basquetebol e voleibol de praia. São parques seguros, facilmente acessíveis, com iluminação pública e sanitários, com caminhos de saibro compactado que facilitam o seu calcorrear. E todos os dias milhares de vimaranenses utilizam esses parques.
Num tempo em que o desporto informal ganha terreno ao desporto competitivo, onde são cada vez mais os que aderem a uma rotina de exercício físico regular, não para se transformarem em super-atletas, mas porque gostam de si próprios e almejam um estilo de vida saudável, o investimento municipal nestes parques de lazer foi decisivo para alterar comportamentos sociais na vida adulta que nos conduziam para taxas preocupantes de sedentarismo, onde a obesidade marcava pontos, as doenças cardíacas ameaçam transformar-se em epidemia e a auto-estima se conquista com anti-depressivos.
Um passeio, uma caminhada ou uma corrida nestes parques é terapia da boa. Garante-vos quem acabou de o fazer e que se sente bem mais leve do exagero da época que não consegue contrariar.
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