quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Guimarães: destino turístico de excelência


A CEC 2012 será uma oportunidade de ouro para Guimarães se afirmar como "o" destino de turismo cultural mais importante do nosso país.
Pode parecer uma ousadia gratuita esta declaração, para mais quando concorremos com cidades como o Porto, Évora, Sintra ou Angra do Heroísmo, todas elas reconhecidas como património cultural da humanidade pela UNESCO, mas acredito convictamente no que declaro.
Para além de alguns sinais de desagrado por parte da UNESCO do que se (não) vai fazendo nessas cidades, Guimarães marca pontos de reconhecimento generalizado pelo trabalho sistemático, meticuloso, estruturado e constante que realiza.
A simbiose quase perfeita entre investimento público e iniciativa privada, com o primeiro manifestamente a induzir o segundo (nunca se viram tantos proprietários a recuperar as suas casas na área classificada como hoje), aliada à notoriedade internacional que a CEC nos oferece, tem feito com que Guimarães seja fonte de notícia em todo o mundo; e todo o mundo, de repente, quer conhecer esta pequena cidade da periferia europeia, que ousa emergir num país angustiado e deprimido, sem medo do futuro, que confia em si e nos seus, chamando-os a fazer parte de um projecto colectivo de esperança.
Nas últimas semanas, dezenas de jornais, revistas e televisões de todo o mundo passaram por cá e anunciaram o que alguns de nós (alguns com muita responsabilidade política) não querem ver: Guimarães é um destino turístico com elevado potencial, reunindo condições únicas para proporcionar a quem nos visita uma experiência excepcional.
Não seremos nunca, nem o queremos ser sequer!, um destino de massas. Um destino turístico desse tipo sobrevive apenas, dependente da sazonalidade, da moda, do efémero. Guimarães constrói-se na sua autenticidade, na sua especificidade, que o torna único e inimitável, despertando em cada turista ou visitante o desejo de regressar e de replicar por outros a imagem positiva que daqui guarda ou leva.
Comparar Guimarães com Braga ou Viana, como recentemente o principal partido da oposição na nossa cidade o fez, reduzindo a dimensão da importância do turismo à mera aritmética do número de visitantes, camas vendidas ou unidades hoteleiras instaladas, confundindo escalas de valor e métodos de comparação, é exercício de pura retórica, centrando a discussão no acessório.
Guimarães afirma-se em cada dia que passa como um destino turístico incontornável, sustentável e consistente. Basta andar pela cidade, ouvir o que dizem de nós e os elogios que de fora nos tecem.
Porventura não temos tantos turistas como Braga, ou Porto, ou Évora, ou Sintra; mas enquanto caminhamos com passos firmes e seguros, com indices de crescimento consistente nos últimos anos, os outros vão perdendo turistas, importância e notoriedade.

1 comentário:

  1. Com o desafio de ser a cidade anfitriã da Capital Europeia da Cultura em 2012, é expectável que o desenvolvimento do sector do turismo tenha neste evento um elemento marcante na definição, não só das estratégias de desenvolvimento, mas também da procura turística nos próximos anos.

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