domingo, 26 de fevereiro de 2012

O melhor palco do norte do país

Literalmente obrigado pela minha filha, assisti ontem à noite, no Multiusos, ao concerto do brasileiro-fenómeno Michel Teló, perante uma das maiores assistências de sempre que aquela casa já viu.
Não é fácil encontrar explicações para tamanho sucesso de um jovem que ficou conhecido no nosso país após a dança de Ronaldo e Marcelo, comemorando um golo do primeiro pelo Real Madrid. Ele próprio repetiu ontem, por várias vezes, o quanto lhes deve e o quanto está surpreendido pela legião de seguidores que encontrou em Portugal.
O espetáculo não foi nada de especial, e o modesto repertório obrigou-o a cantar Ivete Sangalo, Adele, Jason Mraz, Black Eye Peas, entre outros, para aguentar uma hora e meia de actuação perante milhares de pessoas eufóricas e vibrantes.
Há coisas que não se entendem mesmo. Esta é uma delas, embora provavelmente condenada a um sucesso efémero e meteórico.
Mas este post surge pela surpresa (ou nem por isso) de ontem ter confirmado que o Multiusos é verdadeiramente a sala de espectáculos do norte do país. Pelo eco da gritaria que resultava sempre que Teló perguntava de onde vinha tanta gente, fiquei a saber que o Multiusos encheu com gente que não era de Guimarães, sendo o Porto a região que mais barulho fazia. No exterior, o número de autocarros dessa região ou os acessos congestionados à portagem também o demonstravam.
Durante os oito anos que passei naquela casa, com muitos concertos no portfólio do meu trabalho, constatei que o Multiusos reúne todas as condições para se assumir como a maior e melhor casa de espetáculos do norte. Pela inexistência de sala igual nas cidades vizinhas, pela sua excelente lotação e versatilidade, pela centralidade de Guimarães e pelos seus acessos fáceis e rápidos.
Pena é que muitos produtores nacionais o não queiram reconhecer, preferindo salas mais pequenas ou menos adequadas no Porto, em Braga ou em Coimbra. É pena, porque não fosse o atavismo e centralismo que ainda caracteriza muitos dos que organizam espetáculos, e ao Multiusos podiam chegar artistas e eventos de forma mais permanente.
E todos ganhavam com isso. Guimarães com certeza, mas fundamentalmente os que gostam de assistir a um espetáculo qualquer com as melhores condições possíveis.

3 comentários:

  1. É preciso animar o Centro Histórico.
    Pequenas "arruadas" de musica, tunas, palhaços, ou outro tipo de animação.
    Sem necessidade de palco, podem "actuar" entre o Toural e a Oliveira.
    Sãbados e Domingos, quando temos mais pessoas na cidade, por vezes é uma "mortandade".
    Este reparo é partilhado por muitos vimaranenses.
    Saudações.

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  2. Concordo plenamente que o Multiusos é uma das melhores salas do país, senão a melhor. Pena foi a feira que se formou na parte de fora, vendedores ambulantes de ''todos os tipos''. Vou muitas vezes ao Multiusos e foi a primeira vez que vi tamanha confusão e sujeira na parte de fora!

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  3. Guimarães esta de parabéns não só por organizar este tipo de eventos mas também como os sabe acolher, uma vez mais viu-se este fim de semana que o centro histórico estava cheio de "malta" jovem que veio de outras cidades para ver o concerto do Michel Teló e fora de horas quiseram comer uma bocha e beber uma bejeca, sim porque no final da noite poucas são as casas que fazem de comer todos querem é vender as "litrosas"... mas nós estivemos a trabalhar até as 02h.
    Paulomrib

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